Equipamentos de ponta começam a transformar propriedades rurais dentro e fora do Brasil

 

O sócio da consultoria McKinsey Nelson Ferreira estima que o uso de um conjunto de tecnologias integradas no agronegócio mundial pode elevar a produtividade em cerca de 10% até 2025 e gerar ganhos de US$ 60 a 90 bilhões. “As principais alavancas que temos no curto prazo tem a ver com o aumento de rentabilidade proporcionado por ferramentas analógicas e digitais”, disse Ferreira, durante apresentação no Summit Agronegócio Brasil 2016, realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, em parceria com a Faesp, na capital paulista.

Ele participa do painel “Big data e Inteligência Artificial: Como a agricultura digital está transformando as fazendas”.

Novas tecnologias de ponta começam a transformar muitas propriedades rurais dentro e fora do Brasil. Uma das principais é a chamada agricultura digital, que usa algoritmos e Big Data para obter o máximo de produtividade.

Ferreira recomenda a adoção de um conjunto de elementos para o que seria uma fazenda do futuro, capaz de elevar sua produtividade por meio da tecnologia. O primeiro é a coleta de dados por meio de equipamentos como sensores, drones, tratores autônomos e outros. No segundo momento, é preciso interfaces amigáveis, como os softwares, programas de computadores e aplicativos de uso simplificado, para a transmissão destes dados.

Para a análise, ele afirma que são necessárias pessoas e algoritmos que traduzam e interpretem as informações para sua correta aplicação. Por fim, cita que há ainda o trabalho de adaptar o sistema produtivo da propriedade a estas tecnologias.

“As perspectivas são que vamos evoluir de uma demanda de alimentos de 2,1 bilhões toneladas para 3,1 bilhões nos próximos 20 anos”, disse. “Mas cada vez os recursos são mais escassos, com os ganhos de produtividade acontecendo cada vez mais em uma velocidade menor.”

IBM – O diretor do Centro de Pesquisas da IBM no Brasil, Ulisses Melo, afirmou, durante o evento, que a agricultura brasileira tende a ficar cada vez mais computadorizada. Em sua avaliação, esse processo passará pela aplicação da “computação cognitiva”, aquela em que as máquinas possuem inteligência artificial para auxiliar os produtores na tomada de decisões.

“A computação cognitiva substituirá a atual computação programática e vai permitir aos profissionais absorver grande quantidade de conhecimento”, comentou. Ele citou, como exemplo, o Watson, sistema de perguntas e respostas em desenvolvimento pela IBM. Nesta plataforma, o computador é capaz de solucionar problemas ou questões a partir de sua base de dados. “Se um produtor precisar de informações sobre onde plantar, não terá de ler diversos livros, bastará usar a computação cognitiva”, frisou Melo.

 

FONTE: PORTAL DBO

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