Drones não são só para filmar. Há um mercado de mais de 100 mil milhões de EUR

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Muitos já sabem mais de acordo com o site ECO.PT os drones não servem só para filmar ou tirar fotografias. Para o Goldman Sachs, representam um mercado de 100 mil milhões de dólares até 2020. E é só “a ponta do icebergue”.

Já se percebeu que a moda dos drones não é passageira. Veio para ficar. Só que o potencial destes veículos aéreos não tripulados estende-se muito para além do vídeo e da fotografia aérea. Para o banco Goldman Sachs, representam uma oportunidade de mercado de 100 mil milhões de dólares — ou cerca de 90 mil milhões de euros — até ao final da década.

O número é avançado pelo braço do Goldman Sachs que trabalha a pesquisa e investigação. Numa infografia interativa publicada no site da instituição, o banco nota que, “tal como a internet e o GPS antes deles, os drones estão a evoluir para lá das suas origens militares, tornando-se poderosas ferramentas de negócio”. E o facto de estes aparelhos já serem usados, por exemplo, na agricultura e no combate a incêndios, há aqui uma oportunidade “demasiado grande para ser ignorada”, indica.

A fatia dos 100 mil milhões de dólares é explicada com o “crescimento da procura” dos drones, onde os segmentos governamental e de consumo são a principal força motriz. Ainda assim, entre 2016 e 2020, a área militar continuará a ser o mercado principal para estes aparelhos. Aqui, está em causa um mercado avaliado pelo banco em 70 mil milhões de dólares, ou cerca de 63 mil milhões de euros.

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Número menor, mas também relevante, é o de 17 mil milhões de dólares (cerca de 15 mil milhões de euros), a estimativa de valor de mercado para os drones voltados para o segmento do consumo. Quanto à área comercial e civil, o banco norte-americano avalia o mercado em 13 mil milhões de dólares — cerca de 11,5 mil milhões de euros. São muitos milhões.

A vida agitada de um drone comercial

Drones. É fácil vê-los lá no alto, com as câmaras voltadas cá para baixo e a filmar, ou a tirar fotografias. Mais difícil, mas não impossível, é vê-los a fazer entregas de encomendas, algo que tem vindo a ser testado por algumas multinacionais do retalho, onde a Amazon será o exemplo mais flagrante. Ou o Facebook, que os quer usar para levar a internet a sítios onde a rede global ainda não chega.

Mas estes são os casos mediáticos. Porque, para além disso, é difícil pensar em outras utilidades que não passem pelo seu já comum envolvimento em situações de guerra, uma atividade militar que tem vindo a reunir críticos em diversas frentes. Por isso, numa série interativa, o Goldman Sachs dá alguns exemplos práticos das utilidades de um drone:

  • Combate a incêndios: O drone equipado com uma câmara termográfica pode ser usado para identificar focos de incêndio, recolhendo as coordenadas e ajudando os bombeiros na indicação do local a combater — incluindo os helicópteros ou aviões, que passarão a ter um alvo concreto.
  • Inspeção de infraestruturas: Na inspeção das extensas condutas por onde é transportado o petróleo, é comum usar-se helicópteros com equipas que podem custar mais de dois mil euros por hora, escreve o Goldman Sachs. Agora, a empresa responsável por essas estruturas pode, simplesmente, usar um drone adaptado para o efeito.
  • Apoio à agricultura: Mais dados permitem melhores decisões. Segundo o banco, os grades agricultores podem usar drones para monitorizar os grandes campos cultivados. Atualmente, um drone pode verificar pouco mais de 400 hectares por dia, tendo em conta a altitude máxima permitida nos Estados Unidos de aproximadamente 120 metros. Se o limite for estendido em 40%, essa capacidade pode duplicar, afirma o banco.

A título de curiosidade, o Goldman Sachs recorda também que há drones maiores que um avião comercial, assim como os há com menos de 30 centímetros. Há tecnologia a ser desenvolvida para que um drone consiga mapear até 2,7 milhões de metros quadrados num único voo, correspondente à área entre os estados norte-americanos de São Francisco e Chicago.

Ainda assim, a oportunidade dos 100 mil milhões de dólares em cinco anos é só “a ponta do icebergue”, de acordo com o banco. O potencial económico deste mercado é, “provavelmente, múltiplas vezes maior do que esse número”, avança a instituição.

 

 

FONTE: ECO.PT ( https://eco.pt )

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