Drones ajudam no controle biológico de pragas do milho

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As pequenas aeronaves lançam vespinhas que parasitam ovos de lagarta na cultura

Uma empresa do interior paulista utiliza drones para fazer o controle de praga do milho. Especializada em produtos biológicos e manejo integrado, a Promip usa a pequena aeronave para lançar sobre a cultura vespinhas que irão combater lagartas.

O drone despeja sobre as áreas de milho partículas praticamente invisíveis, contendo a pulpa de vespinhas do gênero Trichogramma, dentro de ovos parasitados previamente. Ao nascer, a vespinha vai em busca de novos ovos de lagarta para parasitar também, explica Michel Georges Tomazela Nessrallah, engenheiro agrônomo da Promip.

“Ele faz um controle ativo. Não precisa atingir o alvo como num produto tradicional. Você libera na área e ele busca esse alvo, que é o ovo (da lagarta)”, diz.

Em um hectare de milho são liberadas cerca de 100 mil parasitoides, que são inimigos naturais de lagartas como as do gênero Spodoptera. São indicadas de duas a três aplicações numa área, com intervalo de dez dias entre elas.

O agrônomo Nessrallah explica que, desses ovos parasitados não nascem lagartas, mas sim vespinhas, que, por sua vez, vão buscar novos ovos da praga. “A gente fala que é um produto biológico perfeito, porque ele se perpetua dentro da área.”

A produtora rural Maira Brandella Maronesi Cassetario utiliza o controle feito com vespinhas há mais de quatro anos, e aprova a eficiência e a praticidade do método. “O resultado é excelente. Depois que eu comecei o uso, não interrompi mais”, diz.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), Gustavo Ranzani Herrmann, afirma que o mercado de produtos biológicos cresce a uma taxa de 15% ao ano. Eles podem ser utilizados no manejo integrado de pragas para obter maior eficiência e redução de custos.

Herrmann afirma que o uso de defensivos biológicos pode proporcionar a redução de aplicações. “Na cultura do milho, dá para fazer o manejo integrado de biológicos e químicos, para diminuir o custo por hectare, mas também melhorar a sustentabilidade do ambiente”, diz.


 

 

 

FONTE:  CANAL RURAL 

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