Drone mais uma vez a serviço dos bombeiros em megaincêndio em SP

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Drone, 300 mil litros de água e ataque aéreo são algumas das curiosidades relacionadas ao megaincêndio.

Foram mais de 30 horas de trabalho para apagar o maior incêndio registrado na região central de Campinas (SP) desde o acidente no Supermercado Eldorado, que ficava a um quarteirão do local, no ano de 1986.

300 mil litros de água
Na quinta-feira (26), o fogo atingiu duas lojas de autopeças e afetou outros cinco imóveis no Centro de Campinas. Para conter as chamas no auge da operação, segundo os bombeiros, foram usados cerca de 150 mil litros de água.

O trabalho se estendeu pela madrugada e foram necessários mais 100 mil litros de água para dar continuidade ao combate ao incêndio. Já na sexta-feira (27), o fogo estava controlado, mas a corporação removia brasas que estavam por baixo dos escombros e foram necessários para isso mais 50 mil litros até as 20h.

Ao longo dos trabalhos, os veículos dos bombeiros iam sendo abastecidos por caminhões-pipa com água de reuso (não potável) que traziam 14 mil litros por vez.

Incendio drone campinas

 

Desgaste físico
Segundo o coronel do Corpo de Bombeiros Wilson Lago Filho, no auge da operação foram nove caminhões e 36 homens trabalhando no combate às chamas. As ações começaram por volta das 12h de quinta-feira e não pararam até que o último foco de incêndio na região fosse contido.

Por isso, foi preciso fazer um revezamento entre os bombeiros para que o trabalho não parasse, mas também para garantir a integridade física da equipe.

“Então, a gente faz um revezamento, o pessoal que tá aqui hoje não é mesmo que tava à noite. […] foi feito revezamento, porque é desgastante, principalmente quinta, no auge do incêndio foi bastante desgastante”, explica o tenente Leonardo Simões.

O tenente conta ainda que a fumaça dificultava o trabalho e que foi preciso entrar no prédio com cilindros de ar. “No início, o incêndio tava tão grande que não dava pra entrar, era mais combate pelo lado de fora jogando água para ver se ele diminuía. Quando a gente conseguiu dar uma diminuída que foi possível colocar os bombeiros para dentro, aí foi utilizado o cilindro de ar respirável e tudo para poder dar uma segurança para os bombeiros”, destaca.

drone combate incendio

28/01/2017 09h02 – Atualizado em 28/01/2017 16h16

Combate a megaincêndio tem drone e 300 mil litros de água em Campinas

Veja curiosidades sobre maior incêndio da região central desde o Eldorado.
Perícia técnica, com participação de especialistas, começa na segunda.

 Roberta SteganhaDo G1 Campinas e Região
Área atingida por incêndio no Centro de Campinas, SP (Foto: Reprodução / EPTV)Área atingida por incêndio no Centro de Campinas, SP (Foto: Reprodução / EPTV)

Foram mais de 30 horas de trabalho para apagar o maior incêndio registrado na região central de Campinas (SP) desde o acidente no Supermercado Eldorado, que ficava a um quarteirão do local, no ano de 1986. Drone, 300 mil litros de água e ataque aéreo são algumas das curiosidades relacionadas ao megaincêndio.

300 mil litros de água
Na quinta-feira (26), o fogo atingiu duas lojas de autopeças e afetou outros cinco imóveis no Centro de Campinas. Para conter as chamas no auge da operação, segundo os bombeiros, foram usados cerca de 150 mil litros de água.

O trabalho se estendeu pela madrugada e foram necessários mais 100 mil litros de água para dar continuidade ao combate ao incêndio. Já na sexta-feira (27), o fogo estava controlado, mas a corporação removia brasas que estavam por baixo dos escombros e foram necessários para isso mais 50 mil litros até as 20h.

Ao longo dos trabalhos, os veículos dos bombeiros iam sendo abastecidos por caminhões-pipa com água de reuso (não potável) que traziam 14 mil litros por vez.

Incêndio destruiu loja de autopeças no Centro de Campinas (Foto: Roberta Steganha/G1)Incêndio destruiu loja de autopeças no Centro de Campinas (Foto: Roberta Steganha/G1)

Desgaste físico
Segundo o coronel do Corpo de Bombeiros Wilson Lago Filho, no auge da operação foram nove caminhões e 36 homens trabalhando no combate às chamas. As ações começaram por volta das 12h de quinta-feira e não pararam até que o último foco de incêndio na região fosse contido.

Foi feito revezamento, porque é desgastante, principalmente quinta, no auge do incêndio foi bastante desgastante”
Leonardo Simões, tenente do Corpo de Bombeiros

Por isso, foi preciso fazer um revezamento entre os bombeiros para que o trabalho não parasse, mas também para garantir a integridade física da equipe.

“Então, a gente faz um revezamento, o pessoal que tá aqui hoje não é mesmo que tava à noite. […] foi feito revezamento, porque é desgastante, principalmente quinta, no auge do incêndio foi bastante desgastante”, explica o tenente Leonardo Simões.

O tenente conta ainda que a fumaça dificultava o trabalho e que foi preciso entrar no prédio com cilindros de ar. “No início, o incêndio tava tão grande que não dava pra entrar, era mais combate pelo lado de fora jogando água para ver se ele diminuía. Quando a gente conseguiu dar uma diminuída que foi possível colocar os bombeiros para dentro, aí foi utilizado o cilindro de ar respirável e tudo para poder dar uma segurança para os bombeiros”, destaca.

Bombeiros no combate ao megaincêndio no Centro de Campinas (Foto: Roberta Steganha/ G1)Bombeiros no combate ao megaincêndio no Centro de Campinas (Foto: Roberta Steganha/ G1)

No entanto, ele revela que o equipamento de segurança (roupa especial usada em situações de incêndio) aumenta a transpiração e por isso, eles perdem muito líquido e precisam fazer algumas pausas na jornada.

“A gente determina um tempo fixo para cada equipe, não por questão de acabar o ar (do cilindro), mas por desgaste físico, pois com equipamento de segurança a gente sua muito, então a gente deixa um número específico de tempo […] quando deu, a gente chama o pessoal lá dentro e entra uma nova equipe que já tá descansada, enquanto isso, o pessoal que tava lá dentro passa um período de descanso e vai fazendo revezamento”, detalha.

Drone
Outro fato que chamou a atenção durante os trabalhos para conter as chamas do megaincêndio foi a presença de um drone auxiliando o Corpo de Bombeiros. Segundo o coronel Lago, o equipamento serviu para facilitar a visualização da área atingida.

“Então, como o drone é em tempo real, eu sei onde os focos de incêndio estão em maior perigo ou não e também para que os meus soldados fique em maior segurança. Então, avisa se uma estrutura está colapsando ou não”, explica o coronel.

O drone era comandado por Cesar Teatin Cocco, que desde agosto de 2016 faz trabalhos em parceria com a corporação.

Foram mais de sete horas de trabalho na quinta e pelo menos mais seis na sexta durante a operação de rescaldo.

“Quando começou o fogo, eles deram um toque e viemos para cá. Chegando aqui vimos o fogo e já armamos ele e junto com o caronel Lago começamos a vistoriar por cima. Tendo a visão aérea, o coronel conseguiu coordenar as equipes, vendo onde o fogo estava se espalhando”, afirma Cocco.

Segundo o especialista, o drone utilizado na ação tem uma câmera convencional em padrão de cores RGB e autonomia de voo de 25 a 28 minutos. “A gente tem uma imagem transmitida ao vivo via solo. Ele voa legalmente 120 m […] mas, aqui a gente tava voando 40 m, 30 m, passando em cima das contruções, a gente tava procurando se a estrutura tava abalada”, lembra.

drone bombeiro campinas

Ataque aéreo
Outro detalhe que chamou a atenção no céu durante o combate ao incêndio foi “ataque aéreo” feito pelo helicóptero Águia da Polícia Militar. A ação consistiu em percorrer o espaço aéreo para jogar água do alto nas chamas.

Maior em 30 anos
O incêndio foi o maior na região central desde o acidente no Supermercado Eldorado, que ficava a um quarteirão do local, em 1986. A informação foi confirmada pelo coronel Lago.

De acordo com a corporação, a quantidade de chamas e fumaças, além do número de imóveis afetados, não haviam sido vistos no Centro do município desde que o fogo destruiu o estabelecimento que ficava Avenida Senador Saraiva há 30 anos.

 

Fonte: http://g1.globo.com/

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