Agronegócio investe na precisão com veículo aéreo não tripulado
O site FOLHA publicou uma matéria interessante relacionado ao mercado de drones que retrata o novo cenário. Todo o mercado esta se movimentando e o agronegocio não é diferente. Leia na íntegra.
Precisão é a palavra do momento no agronegócio. E a bola da vez é o emprego de veículos aéreos não tripulados para levantamento de áreas de plantio, acompanhamento de safra, localização de áreas de preservação, vigilância e detecção de incêndio, entre outros usos.
A produtora de celulose Eldorado Brasil comprou em 2012 seus primeiros equipamentos para o monitoramento de suas florestas de eucalipto. As imagens fornecidas têm precisão que permite captar detalhes desde o plantio das mudas até o desenvolvimento das árvores.
O trabalho antes realizado em até três dias é feito em oito horas. Cada drone faz dez voos por dia e registra 230 hectares, área equivalente a 280 estádios do Maracanã.
Em 2016, a empresa desenvolveu uma tecnologia para definição de linhas de plantio que torna o processo mais preciso, reduzindo custos e aumentando a produtividade, por meio do uso de drones, GPS e piloto automático.
“Enquanto usualmente a definição da linha de plantio é feita em campo, de forma visual, o drone gera modelos em três dimensões que permitem avaliar o microrrelevo, ajudando no melhor desenho para prevenir erosões”, explica Carlos Justo, gerente de planejamento e controle florestal da Eldorado Brasil.
A Tereos Internacional, do setor sucroenergético, passou a empregar drones em suas plantações de cana em 2013.
Isso permitiu melhor gestão do canavial além do aumento da produtividade e da longevidade da cana.
“Conseguimos verificar se existem linhas potenciais de produção inutilizadas, para então termos a opção de fazer o replantio dessa área. Essa cana plantada novamente é colhida no ano seguinte e, dessa forma, estendemos o ciclo do produto”, diz Jaime Stupiello, diretor da Tereos.
SOJA E CAFÉ
Já a Adama Brasil oferece para as usinas de cana um serviço de captura de imagens de alta definição feitas por drones que identifica falhas de plantio. “O próximo passo é a introdução do uso de drones em larga escala nas culturas de soja e de café”, diz Roberson Marczak, gerente de inovação da empresa.
A Embrapa pesquisa com a Qualcomm e o Instituto de Socioeconomia Solidária o desenvolvimento de tecnologia para vants. Segundo Lúcio André de Castro Jorge, pesquisador da Embrapa Instrumentação, o desenvolvimento de sistemas de bordo para drones deve proporcionar ampla adesão da tecnologia na indústria agrícola, tornando essas soluções acessíveis aos pequenos, médios e grandes produtores.
FONTE: FOLHA