CEMIG planeja inspeção com um V.A.N.T ( Desafios da Regulamentação)

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Se, no futuro, o consumidor vai poder, até mesmo, receber pizzas entregues por drones à sua porta, a ciência não poderia garantir sem a necessária regulamentação desses veículos não tripulados

 

Em tese, o consumidor também vai ganhar com a capacidade do drone de tornar mais segura e abrangente a inspeção das linhas de transmissão de energia, e, consequentemente, as manutenções da rede e das barragens dos reservatórios das hidrelétricas. “Com a qualidade das imagens obtidas pelo RPAS (sigla na língua inglesa de Remotely Piloted Aircraft System) nos testes já realizados, em breve o inspetor da Cemig terá excelentes condições de avaliar, na sua sala, os possíveis problemas sem correr o risco de voar perigosamente ao lado de uma linha de alta tensão”, afirma Maurício de Souza Abreu.

A tarefa que o Titan assumiu em testes realizados na zona rural de Lagoa da Prata é desempenhada, hoje, por dois helicópteros tripulados da Cemig que inspecionam as principais linhas de transmissão da companhia, levando o inspetor a bordo. Para as demais redes, o trabalho é feito por um eletricista que usa carro ou motocicleta.
Os pesquisadores já sabem, por enquanto, que o uso dos Vants, além de dar maior segurança, permite a inspeção mais frequente – a Cemig e suas empresas coligadas têm uma grande extensão de linhas de transmissão e de distribuição de energia para inspecionar. No entanto, há muitas perguntas ainda sem resposta pronta, segundo Maurício de Souza Abreu. Uma delas é quanto vai custar a hora de voo do avião robô, embora os pesquisadores afirmem que será muito inferior aos gastos atuais com o helicóptero tripulado.

 

A Cemig está planejando a primeira inspeção numa barragem, no caso a da Usina Hidrelétrica de Jaguara, usando ocemig_aparelho_acoplado_no_helicoptero_detecta_problemas_na_rede_eletrica_foto_cemig Vant Titan. O prazo que a companhia vai levar para adotar, de fato, a tecnologia dependerá, entretanto, da regulamentação do uso dos drones, que se arrasta no Brasil. As chamadas operações civis não experimentais dos drones profissionais não são permitidas no país. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deveria ter concluído a regulamentação antes da Olimpíada do Rio.

Ao EM, a Anac informou, por meio de nota, que “a agência trabalha com a expectativa de publicar a resolução ainda no segundo semestre do ano. Entretanto, não é possível determinar uma data.” Os drones que já receberam autorização especial da agência para realizar operações específicas somam 21 aeronaves não tripuladas, tendo como responsáveis instituições de governos estaduais e municipais, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela e o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
Se, no futuro, o consumidor vai poder, até mesmo, receber pizzas entregues por drones à sua porta, a ciência não poderia garantir sem a necessária regulamentação desses veículos não tripulados. Por enquanto, eles só podem deixar o chão com autorizações da Anac e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão da Força Aérea brasileira responsável pelo controle do espaço aéreo no país.
O engenheiro-eletricista Leonardo Moreira Resende, diretor de operações da FITec em Minas, não tem dúvidas de que está se formando uma revolução dos Vants. “O que não sabemos é qual será a extensão dela. É como a evolução promovida pela internet. O fundamental é que tenhamos a possibilidade de explorar os Vants, se bem regulamentada a atividade”, afirma. (MV)

 

FONTE: http://www.em.com.br/
Estado de Minas




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