O site CANALTECH fez um review muito interessante com o novo drone da Xiaomi o chamado MI DRONEvque promete trazer para o hobby muitas pessoas que estavam esperando um drone bom e bem em conta.

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A Xiaomi é conhecida por criar muita coisa além de smartphones. Uma de suas aventuras em mercados diferentes é este aqui, o Mi Drone. Um drone com cara do Phantom da DJI, tamanho de Phantom e que custa metade dele. Será que vale o investimento?

Cara de gente grande

Convenhamos, o Mi Drone tem a cara do Phantom 3 de sua conterrânea DJI. Ele vem com o mesmo design, mesmas posições para hélices, pás para pouso e até mesmo o mesmo local para a câmera.

O corpo continua em plástico bastante resistente e a bateria sai no mesmo lugar. Algumas coisas mudam e, por mais que possa parecer mentira, são para melhor. A maior mudança e que ajuda muito na vida do transporte do próprio Drone, está nos pés. Diferente de outros modelos, o Mi Drone pode rebater estas duas partes e, assim, ficar menos trambolho.

Ainda não dá pra colocar numa mochila pequena e encaixar no sonho de portabilidade de um Mavic Pro, mas já ajuda bastante para ocupar menos espaço. A câmera também pode sair daqui, o que faz o conjunto ficar mais fino. Infelizmente ele não fica menos largo e, por isso, ainda vai precisar de uma mala quase que só pra ele.

A bateria é a parte mais pesada do conjunto e, com ela instalada, tudo gira perto dos 500 gramas. Novamente, é mais ou menos o mesmo peso que seu concorrente mais caro, o Phantom 3.

Um ponto que me incomodou bastante é que o corpo aparentemente gosta de ficar sujo com facilidade. Depois de alguns voos, precisei limpar tudo para que a parte branca continuasse branca, como veio de fábrica.

3…2…1…Decolar!

Estamos falando de um drone, então voar é a principal função do aparelho. Ele faz isso com certa facilidade. Basta colocar os dois manetes para baixo, em uma posição de diagonal e ele liga os motores. Há um modo para iniciantes que limita o quão alto pode subir e uma distância horizontal que ele pode ir. São 100 metros de distância de quem pilota e até 50 metros de altura.

Perfeito para os primeiros voos. Depois disso você vai querer remover estas barreiras e explorar a vizinhança. A Xiaomi promete até dois quilômetros de alcance do controle, o que foi difícil alcançar. Nos voos que fiz, pude chegar perto de algo além de um quilômetro, mas após este ponto a visão do drone, que fica no celular ou em um tablet, começa a dar problemas e o medo de perder o pequeno quadricóptero aparece. Sim, ele consegue facilmente voltar para a posição inicial, sem problemas e é por isso que o drone exige tantos satélites GPS marcados, antes de permitir a decolagem.

A bateria promete 27 minutos de autonomia, o que é bem pouco, mas está dentro da promessa de outros drones concorrentes e mais caro. Consegui perto dos 20 minutos, mas lembrando que esta quantidade de tempo pode variar muito. Quanto mais vento o drone encontra no voo, mais forte precisa trabalhar o motor para vencer o obstáculo e, como consequência, menor será a autonomia.

O alcance do controle também vai mudar dependendo de onde você estiver. Quanto mais prédios, árvores ou mesmo um morro entre o drone e o controle, menor será o alcance e a possibilidade de perder conexão entre as duas pontas cresce bastante.

Proteções

Um drone é um pequeno helicóptero, o que faz dele um brinquedo que pode ser bastante perigoso. Eu, durante os primeiros testes, acabei me acidentando e estas cicatrizes são justamente disso.

Agora que você entendeu logo de cara o perigo que é pilotar um drone, seja ele de qual marca for, vamos para algumas dicas de voo e formas para tornar tudo mais seguro. Sempre utilize os protetores das hélices presos no corpo. Eles evitam colisões que podem quebrar parte do drone ou até mesmo te cortar.

Infelizmente um dos cortes no custo para a venda do Mi Drone está em sensores. Ele conta apenas com dois sensores na parte inferior, que ajudam na hora de não descer com muita velocidade. O Mavic Pro, por exemplo, utiliza sensores nas laterais e isso impediria os cortes que eu tive. Impede até mesmo que o drone bata em árvores que estão no caminho e você não viu.

No controle há dois pequenos botões, sendo que um deles liga o conjunto e o outro faz o drone decolar e pousar automaticamente. Nas primeiras vezes que você utilizar o drone, sempre vá com este botão. Ele não vai voltar até você, mas vai pousar de forma segura (pausando o pouso se alguém passar por baixo dele) e vai desligar as hélices assim que tocar o solo.

No controle há também uma alavanca vermelha que faz o trabalho de retorno ao ponto inicial. Ela é crucial para quando você perde o contato visual com o drone ou quando o sinal de vídeo cai. O que não é muito raro acontecer. Com esta função o drone volta até a posição de decolagem e pousa, sozinho.

Uma vez que você perdeu o contato visual e o vídeo, ainda dá pra acompanhar a localização em uma tela que fica no lugar do streaming. É só voltar até sua posição. Se a bateria não for o suficiente para continuar voando, e o app mostra isso, o drone volta sozinho (independente do seu comando) e pousa.

Vídeos e fotos

Ok, depois das informações sobre segurança, é hora de falar sobre o que você faz com o drone. Vídeos, nesta versão apenas em Full HD, mas há um modelo do Mi Drone que filma em 4K. Mesmo com menor resolução, a qualidade geral das gravações é aceitável para um aparelho que custa bem menos do que seus concorrentes principais, mas não é tão bacana quanto um smartphone topo de linha.

O que mais me incomodou foi o horizonte, que teimava em ficar um pouco torto e isso acaba tirando parte do brilho de todo o conjunto. As fotos contam com resolução de até 16 megapixels para a versão Full HD e 12 megapixels para o 4K. A estabilização de três eixos trabalha muito bem e todo o conteúdo, seja vídeo ou foto, fica estável como uma pedra.

No controle você controla, com atalhos, a câmera, posição dela e tem comandos para iniciar ou encerrar uma foto e vídeo. A lente poderia ser mais clara, já que trabalha com abertura f/2.6 no modelo Full HD ou 2.8 no 4K – apenas por comparação, os Galaxies S7 e S8 utilizam abertura de f/1.7 e isso ajuda muito em fotos noturnas. No drone elas são….complicadas e ficam muito escuras. O mesmo vale para os vídeos.

Vale a pena?

Os pontos negativos são generosos na parte de imagem, mas quando o preço final coloca ele na metade do que custa um Mavic Pro, começa a valer a pena. O Mi Drone é um dos drones mais baratos que você vai encontrar no mercado e que tem autonomia com estes números.

Mesmo com a lente escura, vale. O único ponto que eu não gostei foi a economia nos sensores, que podem significar a diferença entre um drone quebrado depois de bater na parede, ou um pouso mais seguro. Ou mesmo cortes feios.

 

Matéria completa:
https://canaltech.com.br/analise/produtos/xiaomi-mi-drone-analise-review-94028/

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